terça-feira, 3 de maio de 2011

Batalhar

A amizade ergueu-se
E a tristeza perdeu-se

De meros desconhecidos
Vagueámos na simplicidade
Perdemo-nos em risos
E criámos cumplicidade

O nosso cantinho lá permanecia,
Mas o tempo passava
Tu escrevias, eu respondia
E o relógio parecia que parava

Amigos ficámos
Ao caminhar de terra em terra
Um ponto de abrigo encontrámos
No pico daquela serra



Aqui provámos o valor da vida
Com mais esta batalha vencida.


Catarina Marques (01.05.2011)
(Dedicado a: André Louzeiro)


O banco de jardim


Banco de jardim
O dia acordava
O sol brilhava
O vento acalmava
E a mensagem que à noite recebi
De manhã, depressa a li.

Tudo parecia perfeito,
Até ao dia em que o presente apareceu desfeito

Dou por mim
No banco de jardim
A olhar o jasmim,
Passas por mim com desdém
Como se não conhecesses ninguém

Agora, com os cabelos ao vento
A angústia do arrependimento
Sem mais nenhum sentimento,
Impões a tua presença
Suplicando um gesto de confiança

De pés assentes no chão
Bate de alívio o coração.

Catarina Marques (23.04.2011)
  (1º poema)